O briefing para esta competição, promovida pela Câmara Municipal, previa o desenho de habitação social (mínimo de 80 apartamentos, desde T1 a T3) e de residências para estudantes (mínimo de 50 unidades) no canto Norte de um, já existente, complexo habitacional cercado por vinhas, em Carcavelos. Tendo em consideração a proliferação de novas comunidades de 'nómadas digitais' que se mudam para Portugal, as estatísticas crescentes de agregados familiares monoparentais na área e jovens (incluindo estudantes) a ser excluídos do mercado de aluguer dado o recente bom do mercado imobiliário, o co-living fornece uma solução interessante para diversos problemas.
Portanto, ao mesmo tempo que proporciona habitação social tradicional, este projeto propõe o co-living como uma solução adequada para estudantes, jovens e agregados familiares monoparentais. Com isto, o projeto desdobra-se em três pequenos edifícios a Este (inclui desde T1 a T3) que se organizam em torno de um pátio verde com vertente mais familiar, e um longo edifício a Oeste que integra as unidades de co-living. Ao longo do projeto podem ser encontrados espaços comuns, como um pequeno mini-mercado, café, creche, ginásio e um espaço de reparação de bicicletas, de forma a promover a sustentabilidade e um sentido de comunidade. Em termos de linguagem arquitetónica, as duas tipologias complementam-se: os três edifícios partilham uma linguagem comum de blocos sólidos 'perfurado' com loggias, enquanto o edifício maior é um bloco envolvido por passeios.